sábado, 9 de abril de 2011

A música como meio de integração social

Muitas pessoas de diferentes classes sociais ajudam jovens de baixa renda a estimular hábitos culturais em Pernambuco. Os educadores voluntários realizam  atividades com instrumentos de música regional, seja em colégios de bairros periféricos ou nas praças perto das residências dos adolescentes.Segundo a professora de língua estrangeira, Joana Mello, o objetivo dessas  atividades é fazer com que os alunos conheçam a cultura popular que é muito forte em Pernambuco. “Apesar da disseminação da cultura nos últimos anos, muitos jovens ainda desconhecem os hábitos e danças dos nossos ancestrais africanos”, argumenta a educadora do Colégio Estadual Pintor Manoel Bandeira, localizado em Olinda, onde acontecem os ensaios.Para os educadores de rua, o desafio é ainda maior. O professor Lauro Campos executa a atividade nas ruas da cidade de Olinda há pouco mais de um ano. “É um prazer realizar este tipo de projeto. Ele ainda não tem nome, pois é muito recente, eu e mais dois amigos resolvemos usar os instrumentos que tínhamos em nossas casas. É um meio de interação sócio-cultural que serve de aprendizado não só para pessoas de baixa renda. Aqueles que têm privilégio financeiro, também podem participar”, ressalva Campos.
A estudante do Colégio Pintor Manoel Bandeira, Renata Rafaela, diz estar entusiasmada com o uso de alguns instrumentos. “Olhava as pessoas dançarem e tocarem nas ruas com preconceito, achava aquilo coisa de desocupado, mas hoje percebi que faz parte da nossa cultura e é preciso valoriza - lá”, afirma. Para  o estudante Ronilson Gomes, de 14 anos, a atividade musical perto de casa é um privilégio. “Não tem muito o que fazer quando não se está no colégio, gosto de tocar, é divertido, estou aprendendo muito”, garante o adolescente.Como professor de História é gratificante observar alunos que começam a se integrar e compreender as diversas manifestações culturais de algumas etnias brasileiras. O aprendizado ao jovem não é só realizado em sala de aula e iniciativas de novas abordagens educacionais que envolvam toda a comunidade escolar diminui o índice de violência entre os adolescentes.

por Alex Ribeiro, 5NA

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