quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnavalizar ...

Atualmente o mundo respira carnaval e mesmo para quem tenta fugir dele se isolando em uma praia ou em sua própria casa para relaxar, fica difícil esquecer os acontecimentos carnavalescos. Basta ligar o rádio ou a televisão para ter dentro do mesmo ambiente um pedaço do carnaval brasileiro e de toda sua diversidade. Com o jornalismo não é diferente, até mesmo os programas jornalísticos transbordam carnaval, os veículos impressos, por exemplo, viram um catálogo de informações carnavalescas. Mesmo sabendo que a vida não é só carnaval e que existem outros assuntos relevantes para tratar, o que predomina nos jornais diários são os acontecimentos dessa festa popular. Será que o papel do jornalismo está realmente sendo realizado com perfeição no carnaval? De acordo com o jornalista e escritor brasileiro, Alberto Dines, a imprensa é um serviço público, e sendo assim, deve funcionar em toda sua totalidade em dias úteis e até mesmo em feriados. Então, até que ponto o carnaval ofusca as notícias que realmente são relevantes para nosso cotidiano, até porque o carnaval vem e passa, mas a vida continua.


“Os acontecimentos não respeitam o horário nem o calendário, jornalismo é uma atividade contínua, permanente. A dramática situação na Líbia não pode ficar espremida ou minimizada em edições esqueléticas só porque os executivos das empresas jornalísticas concluíram que não vale à pena premiar aqueles que gostam de ler. Numa indústria que assume estar em vias de extinção este descaso só serve para confirmar todas as expectativas e previsões...” (ALBERTO DINES)

por Hannah Macêdo, 5 NA


2 comentários:

  1. Concordo com você Hannah, precisamos pensar se estamos fazendo nossa parte como jornalistas. Quantas pessoas morreram nos confrontos na Líbia enquanto curtíamos o carnaval no Brasil? O que fizemos enquanto jornalistas para ajudar a população a enxergar isso?

    ResponderExcluir
  2. Não só na Líbia, mas durante o período do carnaval aqui mesmo no Brasil, tivemos um aumento de 16% em mortes nas estradas em relação ao ano de 2010, o que de certa forma também não foi bem divulgado pelos veículos de comunicação no momento do acontecimento. Cabe a nós "futuros" jornalistas analisar e pensar sobre o que realmente é relevante para ser divulgado para nossos leitores, prezando os fatos importantes e não apenas o crescimento na venda dos jornais, por exemplo.

    ResponderExcluir